A formação da Rede Lai Lai Apejo
A Rede Lai Lai Apejo - População Negra e AIDS, nasceu de encontros que tiveram como foco a epidemia de HIV/AIDS realizados pela Associação Cultural de Mulheres Negras – ACMUN em Porto Alegre, Rio Grande do Sul - Brasil. Ocorridos nos anos de 2002, 2003, 2004 e 2007, estes encontros congregam militantes e profissionais de saúde da sociedade civil comprometidos com ações que articulem o combate ao racismo e a saúde da população negra.Com o objetivo de identificar a forma de operar dos segmentos sociais que atuam neste campo, o seminário permite dar visibilidade as ações desses sujeitos. A sequência dada aos encontros possibilitou ampliar as parcerias e financiamentos e consequentemente reforçar a participação de diferentes atores envolvidos com a temática proposta, criando-se assim a Rede Lai Lai Apejo – População Negra e AIDS, e ampliando o debate em torno de políticas públicas de prevenção que considerem os determinantes sociais da Aids nesse segmento populacional. A rede está representada por organizações do movimento negro e de mulheres negras nos estados do Rio Grande do Sul (ACMUN e Rede Sapatá), Rio de Janeiro (Criola e Grupo de Mulheres Felipa de Souza), Paraíba (Coletivo Nacional de Lésbicas Negras), Minas Gerais (Rede Afroatitude), Mato Grosso do Sul (Coletivo de Mulheres Negras), São Paulo (Geledés – Instituto da Mulher Negra e Casa Laudelina de Campos Melo), Paraná (Rede de Mulheres Negras do PR), Amazônia (Movimento dos Afrodescendentes e Afroindigenas da Amazônia) e Amapá (Instituto de Mulheres Negras do Amapá).
A criação da Rede promoveu o amadurecimento e fortalecimento entre as organizações da sociedade civil na atuação coletiva, com maior organicidade. Como principais resultados apresentam-se: 1) criação de um blog; 2) oportunidade de participação em diferentes eventos relacionados à temática e de controle social; 3) intercâmbio de experiências por e-mail; 4) realização de planejamento estratégico da rede.
No planejamento foram identificadas as problemáticas frente ao racismo institucional, e apontado como prioridade a definição de estratégias de controle social para a inclusão da política nacional de saúde integral da população negra no que diz respeito à política de DST e AIDS e a realização do V Seminário Lai Lai Apejo no ano de 2010.
Por Heloísa Duarte - enfermeira e integrante da ACMUN
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